🌅 Cortando a Fita: Meu Recomeço

Hoje é domingo, 27 de julho de 2025, escrevo a primeira página de um novo capítulo da minha vida. Estou oficialmente reinaugurando meus sonhos.

Talvez, para alguns, meu relato pareça pequeno — mas para mim, e para tantos brasileiros, isso aqui é vida pulsando.
Arrumei um emprego. Um trabalho de verdade. Um salário de R$ 1.800,00. Um uniforme. Um horário. Um recomeço.

Alguém tem noção do que isso significa pra mim?

Trabalhar. Fazer planos. Ver acontecer. Tocar o resultado do próprio suor.
Pode parecer pouco, mas pra quem já foi invisível, isso é muito. É valiosíssimo.

Com todos esses pensamentos fervendo, acordei às 6 da manhã e me perguntei:
Como posso usufruir de tudo isso com consciência?

E a resposta veio:
Vou escrever outro livro.

Dessa vez, do jeito certo. Com calma, com verdade. Quero que seja artesanal, bonito, fino.
Já vivi o desprezo por querer ser escritora — então agora, ou eu surpreendo, ou eu relaxo. Mas de um jeito ou de outro, isso precisa gerar retorno financeiro.

Pensei também no site. R$ 65,99 por mês. Já perdi ele uma vez por não conseguir pagar, mas agora vou refazer: melhor, mais forte.
Um espaço com blog, com meus textos, com minha história, com a minha voz.

Vou vender livros. E vou construir sites para outras pessoas também. Sei que no começo leva tempo, mas depois será simples: é só falar do meu trabalho por onde eu passar.
Alguns desprezarão, mas outros vão se empolgar e se alegrar — e é com essas pessoas que eu quero caminhar.

E no meio dessa avalanche de ideias, renasceu uma memória antiga, quase esquecida…
Lisetta.

“Quando Lisetta subiu no bonde, o condutor ajudou, viu logo o urso…
Quando a Val caiu da torre, o maridão ajudou, viu logo o estrago…
“Felpudo, felpudo! Tão engraçadinho!
Difícil, difícil! Tão exaustivinho!”

Esse trecho nunca saiu de mim. Mora na minha memória com algum propósito.
Talvez esse propósito seja agora.

Por anos, me senti como a Val da torre.
Mas hoje me sinto mais como Lisetta: a que sobe, a que vai, a que vê o urso — e segue, mesmo diante dos contratempos.

Talvez exista um mundo novo escondido atrás de uma montanha velha.
E sabe qual foi minha conclusão depois de tantos tropeços?

Não são as grandes montanhas que nos fazem cair.
São as pequenas pedrinhas que ignoramos.

Eu tenho fé. E estou insistindo.
Jesus disse que o pedreiro, antes de construir, senta para calcular se tem recursos.
Eu sentei faz tempo. Naquela época eu não tinha.
Veio a queda. E trouxe prejuízo. Muito.

Mas agora eu tenho clareza, força e propósito.
E, diante do pouco, estou me levantando.

Sim, meu trabalho atual pode não ser o sonho definitivo — mas ele é o meio para realizar todos os outros. E isso basta.

Sou teimosa. Sempre me disseram que isso era um defeito. Hoje vejo como força.
Meu “metodismo” virou amor pela organização. Minha teimosia se transformou em persistência.
E minhas crenças exageradas sobre o que os outros pensam… essas ficaram para trás.

Vou transformar textos em livros.
Vou transformar sonhos em realidade.
Vou usar meus métodos.
Vou seguir com meus projetos.
Vou dar tudo de mim.

E se Deus ainda me permitir, eu vou alcançar.

O tempo ruim ficou para trás.
Hoje, com um simples salário, eu corto a fita desse novo tempo.

Seja bem-vindo(a) ao meu blog.
Esse espaço não é só meu — é de todo mundo que escolhe recomeçar.